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Ouro, carrões e cachaça: saiba quem é o ‘empresário ostentação’ preso pela PF em Manaus.

Em uma mansão luxuosa de um condomínio de casas de alto padrão no bairro Tarumã, a Polícia Federal (PF) realizou a prisão de Brubeyk do Nascimento, um empresário envolto em um escândalo que mistura ouro, carrões e cachaça. As acusações contra Brubeyk incluem a liderança de um esquema de remessas ilegais de ouro extraído em garimpos ilegais nas Terras Indígenas Yanomami para negociação no exterior.

A PF, em conjunto com a Receita Federal, deflagrou uma operação nesta quarta-feira (20) com o objetivo de combater o garimpo e comércio ilegal de ouro proveniente do Território Indígena Yanomami (TI). De acordo com as investigações, o ouro extraído de garimpos ilegais na Terra Yanomami, que se estendia até a Venezuela, estava sendo comercializado no exterior. A suspeita é que essa atividade ilegal tenha movimentado uma quantia astronômica, estimada em quase R$ 6 bilhões.

A operação foi batizada de “Lupi,” em referência à comunicação entre os suspeitos através de um aplicativo de mensagens denominado “Wolf,” que significa lobo em inglês. Publicamente, Brubeyk do Nascimento ostentava sua afinidade com lobos, inclusive exibindo uma imagem de inteligência artificial com a face de um lobo em seu perfil no Facebook.

Ostentação

O empresário, além de enfrentar as sérias acusações de envolvimento em atividades ilegais relacionadas ao ouro, também teve seus bens apreendidos pela PF. Entre eles, estava um veículo de luxo da marca BMW, modelo X1, avaliado em mais de 140 mil reais.

Brubeyk Nascimento é também conhecido por ser um admirador de cachaças, tendo vencido o leilão da “Cachaça Weber Haus Diamant 21 Anos,” cujo rótulo ostenta o número 0001. Durante um leilão realizado em 2021, no lançamento do produto, o empresário goiano desembolsou a quantia exata de R$ 66.948, quase 67 mil reais, para garantir essa edição exclusiva.

A cachaça se tornou um item de destaque entre os produtos da marca de Ivoti (RS). A Operação Lupi, que resultou na prisão de Brubeyk e em ações de busca e apreensão, é um desdobramento das investigações conduzidas nas Operações Kukuanaland e Bullion, deflagradas em fevereiro e maio deste ano pela PF. Durante o inquérito policial, a PF identificou indícios de um grupo criminoso cujas atividades incluíam a extração ilegal de minério em áreas proibidas, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro, transporte, comercialização e exportação ilegal de ouro.

A polícia investiga a possibilidade de que o ouro extraído ilegalmente de reservas indígenas e unidades de conservação federal era “esquentado” por meio de documentos falsos, que declaravam uma origem diferente da real, como se o metal tivesse sido extraído de áreas autorizadas. Preso PF Empresário Ouro Cachaça Carrões Brubeyk Do Nascimento Siga-nos no Artigos relacionados Polícia Polícia Civil

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