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Guerra na Ucrânia: Voos de reconhecimento da Otan dobraram com aumento da vigilância aérea ocidental sobre a Rússia

Embora tenham sido raros incidentes bélicos que excederam as fronteiras da Ucrânia, a invasão russa provocou uma instabilidade na segurança global, colocando o Ocidente em estado de alerta. Além do apoio logístico e militar enviado a Kiev, a Otan aumentou a vigilância nos céus europeus e americanos, intervindo diretamente, por diversas vezes, contra as aproximações ou violações de espaço aéreo por jatos, caças e drones de Moscou.

De acordo com um relatório divulgado pela Otan em fevereiro, a aliança militar fez 570 voos rápidos para reconhecimento de possíveis ameaças russas. O número exato de interceptações não foi apresentado por Bruxelas, mas as decolagens são o dobro do em comparação a 2021 — um cenário ainda sem guerra.

Apesar da falta de dados estatísticos, algumas das interceptações chegaram a público, mostrando o porquê da preocupação da aliança com Moscou. Há cerca de um mês, Alemanha e Reino Unido interceptaram um avião espião IL-20 Coot-A e dois caças SU-27 Flanker-B russos que sobrevoavam o Mar Báltico, perto da fronteira aérea da Estônia.

O aumento da tensão também aguçou a vigilância no sentido contrário. Casos de interceptação de equipamentos ocidentais por Moscou também foram registrados desde o começo da guerra. Nesta segunda-feira, a Rússia afirmou que foi forçada a usar um de seus aviões de guerra para interceptar dois aviões militares sobre o Mar Báltico, um da França e outro da Alemanha, que teriam tentado “violar a fronteira”.

Em um dos casos mais emblemáticos, com consequências financeiras para os dois lados, um caça russo colidiu contra a hélice de um drone americano sobre o Mar Negro, em março, forçando-o a descer em águas internacionais.

Especialistas apontam que as tensões entre Rússia e Otan atingiram o ponto mais alto com a guerra na Ucrânia desde a Guerra Fria.

Fonte: O Globo

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