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Vídeo: Polícia prende MC Poze por se apresentar em bailes do CV com traficantes armados

O cantor Marlon Brandon Coelho Couto, conhecido como MC Poze do Rodo, foi preso na madrugada desta quinta-feira (29) por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), no Rio de Janeiro. Ele é investigado por apologia ao crime e envolvimento com o tráfico de drogas.

A prisão temporária foi cumprida na residência do artista, localizada em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste da capital. Poze não comentou a prisão, limitando-se a reclamar das algemas.

A defesa afirmou que as acusações são antigas e prometeu recorrer caso o cantor não seja solto.

Segundo a Polícia Civil, Poze se apresenta exclusivamente em comunidades controladas pelo Comando Vermelho, com a presença ostensiva de traficantes armados para garantir a segurança dos eventos. As investigações apontam que suas músicas fazem apologia ao tráfico e ao uso de armas, incitando confrontos entre facções criminosas.

Ainda de acordo com a DRE, os shows funcionam como ferramenta da facção para movimentar dinheiro com a venda de drogas, que é reinvestido na compra de armamentos e equipamentos ilegais. A Polícia afirma que o conteúdo das letras ultrapassa os limites da liberdade de expressão e caracteriza crimes graves.

A investigação foi impulsionada por um show recente na Cidade de Deus, onde traficantes armados apareceram livremente em vídeos gravados durante a apresentação. O evento ocorreu dias antes da morte de um policial civil em operação na mesma região.

Esse não foi o primeiro episódio envolvendo o cantor em eventos com a presença de criminosos. Em 2020, ele já havia sido flagrado em situação semelhante no Jacaré.

Em outra frente, Poze e sua esposa foram alvos da Operação Rifa Limpa, em novembro passado, que apurava sorteios ilegais com suposta ligação à Loteria Federal. Na ocasião, carros de luxo e joias do artista foram apreendidos, mas a Justiça determinou a devolução dos bens no mês passado, por falta de provas que os relacionassem aos crimes investigados. Após a decisão, Poze declarou nas redes: “Eu só quero o que é meu”.

Fonte: CNN Brasil

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