Na noite do último sábado (24), um homem de nome não identificado, 25 anos, foi resgatado por uma equipe da 18ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), no exato momento em que seria executado por membros de uma facção criminosa. O caso ocorreu no bairro Jesus Me Deu, zona norte de Manaus.
Os policiais receberam uma denúncia anônima, por meio do telefone de atendimento 24 horas da companhia, informando que um homem havia sido sequestrado e levado para uma casa abandonada localizada na Rua Leão de Judá. Segundo o denunciante, o local serviria de cativeiro e ponto de execução utilizado pela facção criminosa que atua na área.
Ao chegar à região, os policiais encontraram dificuldades de acesso, já que a rua era íngreme, cheia de buracos e sem iluminação pública. Foi necessário o uso do farol lateral da viatura para vasculhar o entorno. Durante a varredura, a equipe visualizou uma perna à mostra na frente de uma casa abandonada, o que chamou a atenção dos agentes.

“Foi quando avistamos parte do corpo da vítima na frente da casa. Descemos da viatura com cautela, pois a região é de difícil acesso e bastante perigosa”, relatou o sargento J. César. Segundo ele, a equipe chegou a colocar calços na viatura para evitar que ela descesse a ladeira acentuada enquanto realizavam o resgate.
Ao se aproximarem, os policiais encontraram o homem amarrado, muito machucado e gemendo de dor. Ele havia sido brutalmente espancado com socos, chutes e possivelmente com objetos contundentes. Apesar do sofrimento, ele estava consciente e conseguiu responder aos agentes.

“Ele estava agonizando, mas ainda conseguia falar. Perguntamos se ele conseguia andar até a viatura, e mesmo com dificuldades, ele conseguiu. Conduzimos ele até um ponto de acesso principal, onde acionamos o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para os primeiros socorros”, completou o sargento.
A vítima foi levada com urgência a uma unidade hospitalar e, segundo informações preliminares, seu estado de saúde é estável. A motivação para a tentativa de execução teria relação com um suposto “decreto” de morte emitido pela facção que domina a região, prática comum entre esses grupos criminosos para punir desafetos, rivais ou membros que desobedecem às ordens internas.
O caso será investigado pela PC-AM. A identidade da vítima está sendo mantida em sigilo por questões de segurança.
Fonte: PC-AM