Uma tempestade solar prevista para o próximo ano pode representar uma ameaça significativa para a infraestrutura global da internet. A previsão foi feita por Peter Becker, pesquisador da Universidade George Mason, que desenvolveu um sistema de detecção de atividade solar.
Segundo Becker, a internet cresceu em um período de relativa calmaria solar, mas agora está entrando em uma fase mais ativa do sol. Isso levanta preocupações, pois a dependência da internet hoje é maior do que nunca, e um apagão poderia resultar em graves consequências.
A tempestade solar em questão envolve ejeções de massa coronal (CMEs), grandes erupções de gás ionizado a alta temperatura que podem distorcer o campo magnético da Terra. Inicialmente prevista para julho de 2025, Becker descobriu que uma tempestade mais intensa pode ocorrer já no próximo ano.
Para mitigar os efeitos dessa ameaça, Becker está colaborando em um projeto com o Laboratório de Pesquisa Naval e a Universidade George Mason para desenvolver um mecanismo de alerta. Este sistema permitiria que os satélites fossem colocados em modo de segurança com antecedência, caso uma tempestade solar seja detectada.
Embora seja possível que uma ejeção de massa coronal se afaste da Terra, sensores locais teriam apenas entre 18 e 24 horas para detectar as partículas antes que elas interfiram no campo magnético do planeta. Além da internet, sistemas críticos como a rede elétrica, cabos de fibra ótica e GPS também podem ser impactados.
Embora as tempestades solares sejam eventos comuns, esta última ocorrência destaca a importância de estar preparado para os efeitos potenciais desses fenômenos. Em fevereiro deste ano, uma série de CMEs foi detectada por uma sonda da NASA, embora não tenha causado danos significativos aos sistemas de comunicação. No entanto, resultou em auroras boreais mais intensas e visíveis em algumas partes dos Estados Unidos.
Fonte: Varginha online