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Praia no Grande Recife registra dois ataques de tubarão em pouco mais de 24 horas

Em pouco mais de 24 horas, dois adolescentes ficaram feridos em ataques de tubarão em praia perto do Recife.

Imagens mostram banhistas correndo. Quem estava na praia de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, ajudou uma jovem a sair da água.

“Ela estava muito desesperada. Ainda falou: ‘Isso está acontecendo comigo mesmo?’”, contou um rapaz.

As equipes de socorro levaram a adolescente de 15 anos para o Hospital da Restauração, no centro do Recife. A unidade é referência nesse tipo de atendimento. A jovem perdeu um dos braços e teve ferimentos na barriga e numa das pernas. Ela passou por uma cirurgia e estado de saúde é considerado estável.

Mesmo depois dos dois ataques, banhistas insistiam na tarde desta segunda-feira (6) em mergulhar, e os bombeiros precisam pedir para as pessoas saírem da água.

No domingo (5), também na praia de Piedade, outro adolescente foi mordido por um tubarão. A perna dele precisou ser amputada e o estado de saúde dele também é estável.

Com os dois acidentes, subiu para 77 o número de pessoas vítimas de ataques de tubarão em Pernambuco desde 1992, segundo o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões. De acordo com pesquisadores, entre o porto do Recife e o porto de Suape, existe um canal profundo onde os animais costumam ficar.

Há 15 dias, um surfista foi mordido na perna numa praia em Olinda, também na região metropolitana do Recife. A área é proibida para a prática de esportes. Ele passou por uma cirurgia e teve alta na semana passada.

Quem trabalha em praias onde existe risco de ataque de tubarão sempre alerta os fregueses, e a maioria aceita a regra de não entrar na água.

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, anunciou que o Comitê de Monitoramento de Ataques vai passar a ser coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente do estado e que as pesquisas sobre os animais vão ser retomadas.

“Estamos chamando as universidades que tinham parado seus estudos e pesquisas desde 2015. A gente vai deixar de ter uma atuação mais quando o acidente acontece para atuar mais preventivamente”, disse.

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