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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (24) a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello, após rejeitar os últimos recursos apresentados pela defesa contra a condenação imposta em um dos processos oriundos da Operação Lava Jato.
Com a decisão, Collor está sujeito a cumprir pena de 8 anos e 10 meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A execução da sentença pode ser iniciada a qualquer momento, conforme determinação expressa de Moraes.
Em paralelo, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, agendou uma sessão extraordinária no plenário virtual da Corte para esta sexta-feira (25). A partir das 11h, os demais ministros irão analisar a decisão monocrática de Moraes. A votação se estenderá até as 23h59 do mesmo dia. Durante esse período, a ordem de prisão continua válida.
Fernando Collor foi condenado em maio de 2023, em um dos desdobramentos mais emblemáticos da Lava Jato. À época, o STF considerou que o ex-senador havia recebido vantagens indevidas em contratos envolvendo a BR Distribuidora. Apesar da condenação, a Corte autorizou que ele recorresse em liberdade até a análise final dos recursos — agora esgotados.
A possível prisão de um ex-presidente da República reacende o debate sobre a responsabilização de figuras públicas de alto escalão e a longevidade dos processos envolvendo corrupção no Brasil.
Fonte: Veja
