O Loch Ness Centre e o grupo Loch Ness Exploration lançaram a maior busca por “Nessie” desde 1972, com drones e câmeras infravermelhas
Entusiastas da lenda urbana escocesa do Monstro do Lago Ness, que entrou no imaginário popular, pretendem participar, no próximo final de semana (26 e 27), da maior caça organizada à misteriosa criatura em 50 anos, segundo o jornal The Guardian.
O Loch Ness Centre e o grupo de pesquisa voluntário Loch Ness Exploration convocaram os candidatos a caçadores de monstros a se juntar à maior busca por “Nessie”, apelido do suposto bicho, desde 1972.
A aventura contará com equipamentos nunca usados no Lago Ness antes, como drones para produzir imagens aéreas e térmicas da água usando câmeras infravermelhas, além de um hidrofone, que permite a escuta de sons dentro do lago.
A Loch Ness Exploration informará os voluntários ao vivo, com transmissão do Loch Ness Centre, sobre o que observar e como registrar as descobertas.
“Sempre foi nosso objetivo registrar, estudar e analisar todos os tipos de comportamentos e fenômenos naturais que podem ser mais difíceis de explicar”, disse Alan McKenna, um dos integrantes do grupo.
“É nossa esperança inspirar uma nova geração de entusiastas do Lago Ness e, ao se juntar a esta vigília de superfície em grande escala, você terá uma oportunidade real de contribuir pessoalmente para este mistério fascinante que cativou tantas pessoas de todo o mundo”, completou McKenna ao Guardian.
A lenda do Monstro do Lago Ness:
Em 1933, Aldie Mackay, gerente do hotel Drumnadrochit, invadiu o bar para dizer aos clientes que havia testemunhado uma “besta aquática” no Lago Ness.
O suposto avistamento, relatado no jornal local Inverness Courier, deu início à criação do mito de um monstro que sobrevive sob os 230 metros de profundidade do lago, que fica nas Terras Altas da Escócia.
A lenda urbana tornou-se mais forte a partir da “Fotografia do cirurgião”, supostamente tirada por Robert Kenneth Wilson, um ginecologista de Londres, e publicada no Daily Mail em 21 de abril de 1934.
A imagem famosa, que ilustra esta notícia, foi considerada uma evidência da existência do monstro por 60 anos, mas desde sempre levantou suspeitas. Céticos diziam ser de coisas como um toco de madeira, um elefante, uma lontra ou um pássaro. A escala da foto, que só capturou cabeça e pescoço, também deixava dúvidas: as ondulações na superfície da água sugeriam que não seria um objeto realmente grande.
O Loch Ness Centre está localizado no Drumnadrochit, mesmo hotel onde Aldie Mackay trabalhava.
Ao longo dos anos, cientistas e entusiastas amadores tentaram encontrar evidências de alguma criatura que ao menos justificasse a lenda, como um peixe grande, como um esturjão ou um réptil marinho pré-histórico como um plesiossauro. Mas isso nunca aconteceu… até agora.
Em 1987, a Operação Deepscan implantou equipamentos de sonar em toda a região do lago e afirmou ter encontrado um “objeto não identificado de tamanho e força incomuns”, o que reavivou a esperança dos que ainda acreditavam em “Nessie”.
Em 2018, uma equipe internacional de pesquisadores das universidades de Otago, Copenhague, Hull e Highlands and Islands fez um levantamento de DNA procurando espécies incomuns no lago. Mas descartou a presença de quaisquer animais de grande porte.
Fonte: UOL