92 99407-3840

Hamas propõe trégua de seis semanas em Gaza e troca de reféns por prisioneiros

No âmbito da trégua, 42 reféns sequestrados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro, mulheres, crianças, idosos e enfermos poderiam ser libertados

O Hamas, que exigia até agora um cessar-fogo definitivo com Israel em Gaza, propôs nesta sexta-feira (15) uma trégua de seis semanas e uma troca de dezenas de reféns por presos palestinos, informou um representante do grupo islamista à AFP.

No âmbito da trégua, 42 reféns sequestrados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro, mulheres, crianças, idosos e enfermos poderiam ser libertados.

A fonte, que falou sob condição de anonimato, disse que entre 20 e 50 prisioneiros palestinos atualmente nas prisões israelenses seriam libertados por cada refém.

Israel calcula que 130 reféns sequestrados pelo movimento islamista em seu território em 7 de outubro continuam retidos em Gaza e que 32 teriam sido mortos.

No total, os milicianos do Hamas, que executaram um ataque surpresa na data contra o sul de Israel, sequestraram mais de 250 pessoas e as levaram para Gaza. Na ação, ao menos 1.160 pessoas foram assassinadas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados divulgados pelas autoridades de Israel.

A resposta israelense deixou mais de 31.000 mortos na Faixa e provocou uma situação humanitária extrema, com centenas de milhares de pessoas à beira da fome.

Em uma primeira trégua, no final de novembro, dezenas de reféns, incluindo alguns estrangeiros, e prisioneiros palestinos detidos em penitenciárias de Israel foram libertados.

Se a nova trégua de seis semanas for concretizada, o movimento islamista também exigirá a “retirada do Exército de todas as cidades e zonas residenciais, o retorno dos deslocados sem restrições” e a entrada de pelo menos 500 caminhões de ajuda humanitária por dia, segundo a fonte do Hamas.

Ao final da primeira fase, o Hamas quer alcançar “uma troca global de prisioneiros”, que incluiria a “libertação de oficiais e soldados israelenses capturados e daqueles que morreram nas mãos do Hamas e de outros movimentos”, em troca de um número não determinado de detentos palestinos, acrescentou.

A conclusão do processo, indicou o representante do Hamas, seria uma retirada total israelense da Faixa de Gaza, onde o Exército iniciou uma invasão terrestre em 27 de outubro, um cessar-fogo permanente, a reconstrução do território devastado e a suspensão do bloqueio imposto por Israel.

Israel se recusa a sair da Faixa de Gaza e afirma que isto seria o equivalente a uma vitória do Hamas, que governa o território desde 2007.

Antes do anúncio do Hamas, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou na quinta-feira que o Hamas apresentava demandas “pouco realistas”.

Fonte: Acritica.com

Compatilhe