Um estudo de dois físicos teóricos, publicado no banco de pesquisas de pré-impressão arXiv, sugere que o universo pode nunca acabar — ao menos não da maneira que pensávamos até agora. Em vez disso, ele passará por uma série de “Big Bounces”, primos do Big Bang.
Os físicos procuram definir a natureza da energia escura e seu papel na expansão do universo. Ao que tudo indica, ela pode “ligar” e “desligar” periodicamente, causando ora a expansão e ora a retração do cosmos. E em um cenário de encolhimento extremo, o universo fica tão denso que é possível ocorrer uma espécie de novo Big Bang.
No modelo explorado pelos cientistas, a energia escura consegue realizar a tarefa, com um porém: a matéria e a radiação não poderiam estar presentes no universo extremamente encolhido. Caso contrário, estragariam a expansão.
Portanto, os pesquisadores criaram um modelo em que, pouco antes do universo atingir um estado de densidade infinita, a energia escura se alternava novamente, levando a um período de inflação incrivelmente rápida e iniciando o ciclo outra vez. Tudo isso sem precisar excluir a matéria e a radiação do processo, o que torna o modelo mais realista.
Fonte: Terra