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Empresa vendeu 800 toneladas de carne podre submersa na enchente do RS

Quatro pessoas foram presas em flagrante nesta quarta-feira (22/1), durante a Operação Carne Fraca, que investiga uma empresa do Sul Fluminense acusada de comprar e revender para consumo humano proteína animal contaminada. A carne teria ficado submersa por dias durante a enchente histórica que atingiu Porto Alegre em 2024. As chuvas devastadoras em maio daquele ano causaram mais de 200 mortes e deixaram muitos desaparecidos no Rio Grande do Sul.

Entre os presos está Jorge Luis da Silva um dos proprietários da empresa Tem Di Tudo Salvados, localizada no município de Três Rios. Segundo apurações da Delegacia do Consumidor (Decon-RJ), a empresa adquiriu 800 toneladas de carne deteriorada de um frigorífico em Porto Alegre. Inicialmente, a Tem Di Tudo afirmou que o produto seria reaproveitado para a fabricação de ração animal, mas as investigações revelaram que as carnes bovina, suína e de aves estragadas foram vendidas para consumo humano em mercados e açougues de todo o país.

Temos informações de que a carne foi maquiada para esconder a deterioração provocada pela lama e pela água acumuladas no frigorífico da capital gaúcha”, afirmou o delegado Wellington Vieira, responsável pelo caso. O transporte do lote contaminado foi realizado por 32 carretas para diversos compradores em diferentes regiões do Brasil.

O delegado destacou os riscos graves à saúde da população. “Quando uma mercadoria fica debaixo d’água, adquire condições que trazem risco iminente à saúde. Todas as pessoas que consumiram essa carne correram risco de vida”, frisou Vieira.

Fonte: metrópoles

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