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Caso Hering: começa o julgamento dos policiais envolvidos em 4ss4ssin4t0 de adolescente, em 2018

De acordo com as investigações, eles adulteraram as provas e plantaram uma arma na ocorrência, simulando que ela estava com o adolescente.

Cinco anos após o crime, os policiais militares Erivelton de Oliveira Hermes, Marcelino Brito de Freitas e Ivanildo Rosas de Oliveira, serão julgados hoje (24), por serem suspeitos de forjar provas no homicídio do adolescente identificado como Hering da Silva Oliveira, 15, assassinado durante ocorrência policial na Mini Vila Olímpica do bairro Santo Antônio, em outubro de 2018. José Américo Freire Neres também seria julgado, mas faleceu.

Segundo as investigações da época, o grupo, em acordo, decidiu plantar uma arma para simular que o jovem havia trocado tiros com os policiais. De acordo com o delegado-geral adjunto em 2018, Ivo Martins, um áudio da câmera de segurança de dentro da viatura foi crucial para resolver o caso.

Um dos policiais fala em ‘cabrito’, que no jargão popular da Polícia Militar, significa arma, o que mostra que foi plantada no local”, explicou o delegado na época da investigação.
Segundo o titular da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) em 2018, coronel Amadeu Soares, a versão dada pelos policiais militares foi que o adolescente Hering teria reagido à ação policial, o que foi negada por um exame de pólvora feito na mão da vítima.

“Foram disparados três tiros no local. Os policiais relataram que reagiram a um disparo feito por Hering, o que foi desconstruído com o resultado do laudo. O adolescente não manejou a arma de fogo e não partiu dele os disparos. A perícia está fazendo um exame balístico para descobrir de qual arma o projétil que atingiu Hering saiu. Sabemos que foi o tenente Erivelton, mas precisamos apresentar para à Justiça as provas”, afirmou o coronel Amadeu Soares.

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