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Câmara de Manaus aprova plano de saúde para ex-vereadores

Projeto aprovado pela CMM permite que ex-vereadores e familiares tenham acesso a planos de saúde e odontológico.

A Câmara Municipal de Manaus (CMM) aprovou nesta segunda-feira (25), em regime de urgência, um projeto de lei que permite que ex-vereadores e seus familiares tenham acesso a planos de saúde e odontológico. A proposta recebeu 17 votos favoráveis e 9 contrários.

Entre os que votaram contra, estão os vereadores Rodrigo Guedes (PP), Capitão Carpê (PL), William Alemão (Cidadania), Ivo Neto (PMB), Jaildo Oliveira (PV), Kennedy Marque (MDB), Lissandro Breval (PP), Thaysa Lippy (PRD) e Yomara Lins (Pode). Destes, apenas William Alemão e Lissandro Breval não foram reeleitos.

Segundo o projeto, os ex-vereadores e seus familiares poderão aderir aos planos de saúde e odontológico, mas terão que pagar integralmente os custos. O pagamento será feito diretamente à empresa contratada pela CMM, sem nenhum subsídio público.

O presidente da Câmara, Caio André (União), justificou a proposta dizendo que pessoas mais velhas enfrentam dificuldades para contratar planos de saúde por conta dos altos valores. Ele ressaltou ainda que, ao deixar o cargo, os vereadores não têm mais direito ao plano Manaus Med, que é exclusivo para servidores ativos da Câmara.

Apesar de a proposta prever pagamento integral pelos ex-vereadores, alguns parlamentares se opuseram à medida. Para o vereador Capitão Carpê (PL), a aprovação do projeto é injusta com a população, que muitas vezes depende do SUS.

“O povo é contra esse projeto. Não é justo que a população dependa da saúde pública enquanto se cria esse tipo de benefício para quem já teve mandato”, declarou.

Rodrigo Guedes (PP) também votou contra e comentou nas redes sociais que, embora o plano não seja pago com dinheiro público, o custo é mais baixo por ser um contrato coletivo. Já Lissandro Breval (PP) publicou em seus stories no Instagram: “Eu votei contra”.

Durante a votação, William Alemão (Cidadania) pediu que o projeto fosse votado nominalmente, para que o nome de cada vereador e seu respectivo voto fossem registrados em tela. No entanto, o pedido não foi aceito.

A decisão gerou debates intensos, mas o projeto acabou sendo aprovado, com os vereadores que o apoiaram reforçando que o pagamento será totalmente custeado pelos ex-vereadores interessados.

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