A vítima afirmou que era ameaçada pelo acusado, que dizia que iria machucar ela e sua avó caso contasse o que acontecia
Um homem de 50 anos, que não teve a identidade revelada, foi preso nessa quarta-feira (29/01) acusado de estupro de vulnerável contra uma criança de 6 anos. O suspeito, marido da avó da vítima, e que se apresentou como pastor de uma igreja, foi preso pela 31ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus). O crime ocorreu à tona após a morte da avó da criança, quando a vítima voltou a morar com a mãe e relatou os abusos sofridos.
De acordo com o delegado Raul Augusto Neto, titular da 31ª DIP, uma criança morta por dois anos com a avó e o acusado, que não era seu avô biológico, mas era considerado “avô postiço”.
“Fomos acionados inicialmente pelo Conselho Tutelar, que recebeu a denúncia da mãe da criança. Em escuta especializada com a vítima, descobriu que ela viveu nos últimos dois anos com a avó, que era casada com esse suspeito. Ela conto que os abusos ocorriam apenas quando estava sozinho com o homem”, explicou o delegado.
A criança também afirmou que foi ameaçada pelo acusado, que dizia que iria machucar ela e sua avó caso contasse o que acontecia.
“Ela relatou que o suspeito a colocava para assistir vídeos pornográficos durante os abusos. Além disso, ele tocava nas partes íntimas da menina e fazia ela tocar nele também. Ela não confirmou se chegava a apanhar, porém, era constantemente ameaçada”, detalhou o titular da delegacia de Iranduba.
O delegado explicou que a criança não morava com a mãe devido à necessidade de trabalho da genitora e a avó tinha melhores condições para cuidar dela. “A criança ficou esses dois anos sob os cuidados dessa avó e ‘avô’ postiço. A mãe tinha relação de confiança e afirmou que nunca imaginou o que acontecia com a filha”, disse.
Com base nos relatos da vítima e nas investigações, a Justiça acatou o pedido de prisão preventiva do acusado. Na delegacia, o homem manteve-se em silêncio e não confessou ou negou as acusações.
O celular do suspeito foi apreendido e será periciado para verificar a existência de vídeos ou imagens indevidas da vítima ou de outras crianças.
“Vamos apurar se esse foi um caso isolado ou se há mais vítimas, não descartamos essa possibilidade”, ressaltou o delegado.
O homem responderá por violação de violência, passará por audiência de custódia e ficará à disposição do Poder Judiciário.