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Brasil é ‘vice-líder’ no ranking mundial de juros reais; veja a lista

País fica atrás apenas da Argentina, após BC anunciar alta de 1 ponto percentual.

O Brasil segue como um dos países com os juros mais altos do mundo, ocupando o segundo lugar no ranking de juros reais, atrás apenas da Argentina, segundo relatório do Moneyou. Com a recente decisão do Banco Central (BC) de elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano, o país agora tem juros reais de 9,18% – um dos mais altos entre as principais economias globais.

juro real é a taxa de juros nominal (aquela anunciada pelo BC) descontada a inflação. Em outras palavras, ele representa o rendimento real que o investidor ou credor obtém após considerar a perda do poder de compra causada pela alta de preços. No Brasil, mesmo com a Selic em 13,25%, a inflação acumulada em 12 meses reduz o ganho efetivo, resultando em um juro real de 9,18%.

Ranking dos países com maiores juros reais

  1. Argentina – 9,36%
  2. Brasil – 9,18%
  3. Rússia – 6,91%
  4. México – 5,52%
  5. Indonésia – 5,13%

Enquanto isso, economias desenvolvidas como Estados Unidos (1,12%), Alemanha (-0,36%) e Japão (-1,32%) têm juros reais muito mais baixos – alguns até negativos, indicando que os investidores perdem poder de compra mesmo com aplicações financeiras.

Por que o Brasil tem juros tão altos?

A manutenção de juros elevados no país reflete o risco inflacionário, com o BC mantendo a Selic alta para conter a alta de preços, a instabilidade fiscal e política exigindo maior retorno para atrair capital, e o risco de emrestar dinheiro no Brasil, elevando as taxas.

O fenômeno causa diferentes impactos na economia, como o custo do crédito alto para empresas e consumidores, freando investimentos, o rendimento real positivo para quem aplica em títulos públicos, como o Tesouro Direto e a dificuldade de crescimento, já que juros altos desestimulam o consumo e a produção.

Analistas acreditam que o BC deve manter os juros elevados até que a inflação se estabilize dentro da meta. Enquanto isso, o Brasil segue como um dos campeões mundiais em retorno real para investidores – mas com um custo alto para o desenvolvimento econômico.

Fonte: tucumã

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