A Força Aérea Brasileira (FAB) enfrenta, em 2025, uma debandada preocupante de oficiais, especialmente entre os pilotos de caça, um dos setores mais estratégicos da corporação.

A busca por melhores salários e condições de trabalho na iniciativa privada tem sido o principal motivador dessa migração, agravando uma tendência que já se observava desde 2024.
Somente neste ano, 45 militares já deixaram a FAB, incluindo 22 aviadores, dos quais sete eram pilotos de caça que solicitaram desligamento somente na última semana de janeiro.
A saída dos pilotos, que possuem alto nível de treinamento e especialização, representa um desafio significativo para a força aérea, que agora lida com lacunas em posições essenciais para a defesa aérea do país.
Em comparação, no ano de 2024, 32 militares se desligaram da corporação, evidenciando um crescimento expressivo da evasão em 2025.
O principal destino dos pilotos que deixam a FAB tem sido o setor privado, onde companhias aéreas nacionais e internacionais oferecem remunerações mais atrativas e melhores condições de trabalho.
A escassez global de pilotos comerciais intensificou a busca por profissionais qualificados, ampliando as oportunidades para aqueles que possuem experiência militar.
Além disso, a redução da burocracia em processos de transição para companhias privadas tem facilitado essa migração.
Especialistas apontam que a diferença salarial entre a FAB e a iniciativa privada pode chegar a até três vezes mais para cargos semelhantes, sem contar os benefícios adicionais oferecidos pelas empresas comerciais.
Essa disparidade se torna ainda mais crítica quando somada às demandas operacionais e logísticas da vida militar, que incluem longos períodos de afastamento familiar e rotinas intensas de treinamento.