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O naufrágio de Gabigol, vira símbolo de má gestão no Cruzeiro

A chegada de Gabigol ao Cruzeiro foi anunciada como um golpe de mestre, um símbolo da nova era sob o comando de Pedro Lourenço e da ambição de devolver a Raposa ao protagonismo nacional. No entanto, passados poucos meses, o que se vê é um retrato cruel de má avaliação, expectativas infladas e falta de planejamento.

Gabigol, aos 28 anos, desembarcou em Belo Horizonte carregando não só a fama de artilheiro, mas também o peso de uma saída conturbada do Flamengo, onde já dava sinais de declínio. Ignorando os alertas do mercado e do próprio desempenho recente do jogador, o Cruzeiro apostou alto: salários milionários, luvas generosas e a promessa de um novo ídolo para a torcida.

O resultado é constrangedor. Com atuações apáticas, um futebol longe do explosivo que o consagrou, e uma sucessão de lances bizarros que viraram chacota nas redes sociais, Gabigol não só virou reserva como também representa hoje um dos maiores micos do futebol mineiro em 2025. Com 14 jogos e sete gols — a maioria em adversários frágeis no Campeonato Mineiro —, o atacante passa longe de justificar o investimento de R$ 3 milhões mensais.

Mais grave ainda é a falta de alternativas: com mercado restrito e salário incompatível com a realidade de clubes que poderiam se interessar, o Cruzeiro se vê refém de um contrato pesado e de difícil reversão. A SAF que deveria profissionalizar a gestão, ao que parece, caiu na armadilha da contratação midiática sem base técnica.

A possível venda de Gabigol não é apenas uma necessidade esportiva, é uma tentativa desesperada de apagar um erro estratégico que custou caro em dinheiro, em imagem e em credibilidade. O Cruzeiro precisa urgentemente abandonar o populismo de mercado e adotar, de fato, uma gestão moderna e criteriosa — antes que o sonho de grandeza se transforme num pesadelo irreversível.

Fonte: Gazeta manauara

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