A falsa informação foi divulgada por um parente da menina supostamente abusada pelo lutador.
A Polícia Civil prendeu, na última quinta-feira (19/12), Pedro Henrique da Silva, de 21 anos, o quarto suspeito de envolvimento no homicídio qualificado do lutador de karatê Dayvisson Matheus Lima da Silva, de 20 anos. O crime ocorreu em 22 de julho deste ano, no bairro Nova Esperança, zona oeste de Manaus.
Dayvisson foi brutalmente espancado na rua Independência por mais de 30 minutos. Segundo a delegada Marília Campello, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), o ataque foi realizado por possíveis membros de facções criminosas da região.
“As investigações apontaram que a vítima foi submetida a extrema violência, com agressões prolongadas, após ser acusada de tocar nas partes íntimas de uma menina, o que nunca foi comprovado. Além disso, ficou evidente que os parentes da menor estavam mais interessados em um valor financeiro que o lutador possuía”, destacou Campello.
Após a agressão, Dayvisson foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu dois dias depois em uma unidade hospitalar de Manaus. O caso gerou comoção e revolta na comunidade, especialmente após os detalhes revelados durante as investigações.
O contexto do crime
De acordo com a delegada, os parentes da menina teriam acusado Dayvisson de abuso e comunicado a denúncia aos traficantes que controlam a área. A intenção, conforme apurado, era obter um montante em dinheiro que o jovem supostamente possuía. “Esse detalhe muda o entendimento inicial do crime, evidenciando que o objetivo era prejudicar a vítima financeiramente e expô-la à violência”, explicou a delegada.
Pedro Henrique é o quarto suspeito detido pela polícia. As diligências para identificar os demais envolvidos continuam, com apoio de outras unidades da Polícia Civil.
Próximos passos
Com a prisão de Pedro, a polícia busca concluir o inquérito com o indiciamento de todos os responsáveis. A delegada ressaltou a gravidade do crime e destacou o comprometimento da DEHS em esclarecer todos os detalhes para que os culpados sejam devidamente responsabilizados.
Fonte: PC-AM