Nesta quarta-feira (18), o dólar atingiu o recorde de R$ 6,2672, uma alta de 2,82%, maior avanço percentual desde novembro de 2022. Em contrapartida, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira (B3), registrou queda superior a 3%, refletindo o pessimismo do mercado com o pacote de cortes de gastos enviado pelo governo ao Congresso Nacional.
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que a aprovação das medidas de contenção de despesas tende a reduzir a cotação do dólar. “O governo do presidente Lula tem compromisso com a responsabilidade fiscal. Com a aprovação das medidas, a tendência é que o câmbio se estabilize, reduzindo o preço do dólar”, disse ele após um evento no Palácio do Planalto.
O chamado pacote fiscal está em tramitação na Câmara dos Deputados e ainda precisa ser analisado pelo Senado. O governo trabalha para que as medidas sejam aprovadas ainda neste ano.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também comentou sobre a recente desvalorização do real e não descartou a hipótese de ataque especulativo. “Temos um câmbio flutuante e, com o clima de incerteza, o dólar acaba oscilando. Mas acredito que ele vai se acomodar”, declarou após encontro com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Haddad destacou que as principais instituições financeiras apresentam estimativas mais otimistas para a economia em comparação às dos operadores de mercado.
Fonte: G1