O surfista brasileiro João Chianca, de 23 anos, atual 5º colocado no ranking mundial, enfrentou uma polêmica decisão pouco antes do início das Olimpíadas de Paris 2024. A organização do evento notificou o atleta sobre a necessidade de remover a imagem do Cristo Redentor de suas pranchas devido ao caráter religioso da figura.
A comunicação, recebida antes mesmo da abertura oficial dos Jogos, gerou debates e seguiu a linha de outras decisões controversas, como a transformação da Santa Ceia em um show de drag queens. As autoridades olímpicas afirmaram que a neutralidade é um princípio fundamental que deve ser mantido ao longo do evento.
Por que João Chianca teve que remover a imagem do Cristo Redentor?
O Cristo Redentor, uma estátua monumental de Jesus Cristo com trinta metros de altura localizada no Morro do Corcovado, no Rio de Janeiro, é um dos maiores símbolos do Brasil. Contudo, o artigo 50 da Carta Olímpica é claro ao proibir qualquer tipo de manifestação de caráter político, religioso ou racial em instalações olímpicas.
Embora o artigo não mencione diretamente símbolos religiosos, ele limita comportamentos que possam incentivar a adesão a determinadas crenças. A inclusão do Cristo Redentor nas pranchas de Chianca foi, portanto, considerada inapropriada pela organização do evento.
Como os Jogos Olímpicos mantêm a neutralidade?
Os Jogos Olímpicos seguem um conjunto rigoroso de regras para garantir que a neutralidade seja mantida ao longo de todas as competições. Entre essas regras, encontra-se o artigo 50 da Carta Olímpica, que desempenha um papel crucial nesse contexto. Aqui estão alguns dos pontos chave:
Proibição de Manifestação Política, Religiosa ou Racial: O artigo é explícito em proibir qualquer tipo de manifestação, seja no uniforme dos atletas, no equipamento esportivo ou em qualquer instalação olímpica.
Manutenção da Harmonia: A ideia é evitar que questões polêmicas, que possam gerar desentendimentos ou conflitos, sejam introduzidas no ambiente esportivo.
Igualdade Entre os Atletas:
Ao proibir símbolos específicos, busca-se promover a igualdade entre todos os competidores, independentemente de suas crenças ou convicções pessoais.
Como João Chianca está lidando com a situação?
João Chianca demonstrou serenidade ao comentar a decisão. Embora tenha expresso sua surpresa e desapontamento, ele se comprometeu a respeitar as regras estabelecidas pelo Comitê Olímpico. Em suas palavras, ele declarou: “Entendo a importância de seguir as normas e manter o foco nas competições.”
O atleta seguiu com suas preparações e manteve os olhos no prêmio, relembrou seus seguidores nas redes sociais da sua paixão pelo surf e pelo país. Chianca acredita que é fundamental representar o Brasil da melhor forma possível, independentemente das circunstâncias adversas.
Fonte: Brasil Paralelo